Internet e Redes Sociais nas Campanhas Politicas


 
Internet e Redes Sociais nas Campanhas Politicas
discussões politicas nas redes sociais



Será que a Internet alterou as regras do jogo democrático? Ajudou a contornar os padrões tradicionais da política?

Durante vinte anos, a internet modificou substancialmente o funcionamento dos sistemas políticos: aumentou e diversificou consideravelmente as fontes de informação dos cidadãos, oferece novos espaços (fóruns, blogs, redes sociais) para o intercâmbio opiniões individuais e, em alguns casos, facilitou movimentos sociais (principalmente pela redução dos custos de mobilização). 


A internet oferece novas ferramentas para a democracia, mas resta saber se essas ferramentas são bem usadas ou suficientes. Por outro lado, a democracia não é apenas sobre discussão, mas também sobre escolhas. No entanto, se a Internet é um fabuloso instrumento de expressão, fica menos claro como pode contribuir para a construção de escolhas coletivas e a renovação dos procedimentos políticos de tomada de decisão.




A Internet poderia ser uma cura para a abstenção eleitoral e votação em disputa?





Uma das perguntas mais debatidas entre os pesquisadores é se a Internet expandiu o espaço público, atraindo novos públicos (principalmente jovens). O trabalho sobre o assunto não é inequívoco, mas tende cada vez mais a sugerir que os cidadãos mais politizados são os mais ativos online: a Internet fortaleceria as capacidades de ação daqueles que já devem ter sido capazes, e serviria especialmente para "pregar os convencidos", para citar o cientista político americano Pippa Norris. Outra questão é o significado do engajamento on-line, que não tem necessariamente o mesmo nível de envolvimento da participação política tradicional.

No entanto, a maneira de fazer política mudou?

A comunicação política se adaptou às novas ferramentas digitais. Durante uma campanha eleitoral, os candidatos estão presentes em todas as redes sociais. O ativista dedicado que cola cartazes é coisa do passado. Hoje apareceu um novo ativismo online. Mas que compromisso é esse? Alguns, criticam a prática de assinar petições online ou ingressar em grupos do Facebook sem realmente se envolver. Finalmente, o voto eletrônico, percebido como um símbolo da novidade ligada às novas tecnologias, parece difícil de imaginar para grandes eleições com questões importantes.

A internet não é um lugar de debate e discussão?

Nunca na história da humanidade foi tão fácil divulgar suas opiniões. O problema hoje não é se expressar, mas ser ouvido. As redes sociais servem como um meio para conversas políticas que sempre existiram, mas não eram visíveis no passado. 

No entanto, as redes sociais não são necessariamente representativas do que a população em geral pensa. Dos 85% dos usuários regulares da Internet, dois terços usam o Facebook e 15% estão no Twitter. Destes, apenas 35% seguem debates políticos. As redes sociais são certamente uma nova arena política, mas que não é um reflexo da sociedade e que também desgota ideias racistas ou liberticidas.

Podemos considerar a internet como um novo espaço público?

O espaço digital tornou-se uma arena adicional da competição eleitoral. E, como tal, é objeto de estratégias para ocupar o espaço digital para maximizar a visibilidade dos candidatos, controlar a agenda de discussões ou questionar os oponentes. Se alguns dos comentários, curtidas, postagens encontradas nas redes sociais emanam dos cidadãos comuns, outros são produzidos por equipes de campanha ou ativistas, ou mesmo robôs. Na política, é saudável ter uma mente crítica, mas é ainda mais necessário quando você está na internet.

É útil que os candidatos tenham um canal no YouTube? Movendo o debate no YouTube, essa é uma boa estratégia?

O YouTube tem várias vantagens: é um meio de comunicação quase gratuito e, em qualquer caso, muito mais barato do que outras mídias, como pôsteres ou folhetos. Torna possível transmitir uma mensagem política com total liberdade, libertando-se dos formatos impostos pela mídia ou das restrições regulatórias impostas a elas (regras do pluralismo político que forçam a mídia audiovisual a respeitar um equilíbrio na mídia. tempo de TV dedicado aos diferentes candidatos). Por fim, estar no YouTube é um destaque da mídia, com um forte foco em estratégias de campanha e comunicação: esse tópico representa até 40% da cobertura da mídia de uma campanha. YouTube e, em geral, redes sociais

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